Miguel Rio Branco (Ilhas Canárias, Espanha, 1946). Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Miguel Rio Branco tem seu nome predominantemente ligado a fotografia, mas seu trabalho se expande também pelas instalações e pinturas. No entanto, é nas fotos que se encontra o cerne de sua construção poética. A questão do olhar permeia toda sua obra. Há uma clara escolha por personagens e objetos marginais nas suas fotografias. Ao descentrar, ao deslocar sua objetiva para fora do centro, cada corpo e objeto fotografado trazem sempre as cicatrizes da existência e de sua dura passagem pelo mundo. Muito do drama que encontramos em suas imagens deriva de um uso todo singular da luz e da cor. Miguel Rio Branco é um dos maiores poetas da cor da arte contemporânea. Suas fotos não são de forma alguma factuais, atuam no campo da poesia. Objetos e pessoas gozam do mesmo estatuto formal na obra de Miguel. Mas esse horizonte não é traçado numa perspectiva formalista; ao contrário: os objetos se emancipam e vibram energicamente como coisas porque estão imantados dos usos que deles fazem os seres humanos. É como mediadores de relações humanas, e não simples instrumentos passivos, que eles se inscrevem na obra do artista Miguel Rio Branco.
Filho de diplomata, vive a infância e adolescência entre Espanha, Portugal, Brasil, Suíça e Estados Unidos. Em 1966, estuda no New York Institute of Photography [Instituto de Fotografia de Nova York] e, dois anos depois, na Escola Superior de Desenho Industrial - Esdi, no Rio de Janeiro. De 1969 a 1981, dirige filmes experimentais e trabalha como diretor de fotografia para cineastas como Gilberto Loureiro (1947) e Júlio Bressane (1946). Paralelamente, atua como fotógrafo documental. Entre 1978 a 1982, é correspondente da Agência Magnum, em Paris, e se destaca pelo uso de cores saturadas em seus trabalhos. Desde 1980, realiza instalações audiovisuais utilizando fotografia, pintura, cinema e expõe regularmente no Brasil e no exterior.
Por Homem Laranja (Luís Fernando Ossani)
Filho de diplomata, vive a infância e adolescência entre Espanha, Portugal, Brasil, Suíça e Estados Unidos. Em 1966, estuda no New York Institute of Photography [Instituto de Fotografia de Nova York] e, dois anos depois, na Escola Superior de Desenho Industrial - Esdi, no Rio de Janeiro. De 1969 a 1981, dirige filmes experimentais e trabalha como diretor de fotografia para cineastas como Gilberto Loureiro (1947) e Júlio Bressane (1946). Paralelamente, atua como fotógrafo documental. Entre 1978 a 1982, é correspondente da Agência Magnum, em Paris, e se destaca pelo uso de cores saturadas em seus trabalhos. Desde 1980, realiza instalações audiovisuais utilizando fotografia, pintura, cinema e expõe regularmente no Brasil e no exterior.
Por Homem Laranja (Luís Fernando Ossani)
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