Surgida nos anos 1950, em Londres, o movimento teve seu ápice na década de 1960, quando chegou aos EUA. A Pop Art se caracteriza pela apropriação de imagens do universo de consumo (embalagens de produtos) e da cultura de massa (televisão, cinema, revistas de celebridades, quadrinhos, propaganda) como tema de suas obras e, ao mesmo tempo, faz uma crítica a essa indústria que, na visão dos artistas, exercia uma poderosa influência na vida cotidiana das pessoas. Criticava-se a sociedade de consumo e, ironicamente, se conferia encanto aos produtos. As imagens, muitas vezes, eram repetidas em série ou ampliadas em formatos enormes. artistas se apoderaram de produtos da arte comercial que satisfazem o gosto popular e perceberam que nestes havia um aspecto essencial de nosso ambiente visual contemporâneo e que nessa cultura comercial havia uma fonte inesgotável de material pictórico, mais do que um mal a ser combatido. Ao contrário do Dadaísmo, a Pop Art não é motivada pelo desespero ou animosidade contra a civilização atual, queria chocar a burguesia e sua fonte era a sociedade de massa.
Dentre os pioneiros da Pop Art na Amériaa, talvez o mais importante seja Jasper Johns, que começou pintando meticulosamente e com grande precisão objetos familiares como, por exemplo, bandeiras, alvos, numerais e mapas.
Robert Rauschenberg - Toda experimentação era não só permitida como necessária para o texano Robert Rauschenberg (1925-2008). Seu fazer artístico intenso e sem limitações foi um dos fatores determinantes para deslocar as atenções do mercado da arte, até então monopolizado pela Europa, para Nova York. As mudanças que introduziu na concepção de uma obra envolveram não só a indefinição da técnica adotada - já não mais apenas pintura, gravura ou escultura – mas a inclusão de objetos do mundo real nas superfícies, quer fosse um bode empalhado ou a sola de um sapato. Suas combinações obedeciam a um grande senso de humor para reconfigurar o tradicionalismo da representação na arte e ainda dialogar com a atualidade sociopolítica vigente.
Roy Lichtenstein - Recorreu às histórias em quadrinhos e suas imagens padronizadas que se voltam para a ação violenta e o amor sentimental. Suas pinturas são grandes aplicações dos quadrinhos, incluindo balõeas, os cotornos pretos simplificados e impessoais, e os pontos usados para imprimir as cores em papel branco. Talvez esses quadros sejam os mais paradoxais de toda a Pop Art. O que fascina Lichtenstein nas histórias em quadrinhos são as rígidas convenções de seu estilo, tão firmemente estabelecidas e tão distantes da vida quanto as regras da arte bizantina. Como um ícone, sua pinturaa espelha dessa forma os ideais e esperanças de nossa cultura, e os faz de uma forma que todos sabem "ler".
Andy Warhol, apelidado de "Drella" – "uma mistura de Drácula e Cinderella" como disse Ondine, ator que trabalhou em alguns dos filmes feitos por Warhol – ele foi multimídia antes que o termo existisse efetivamente. Trabalhou com pintura, fotografia, vídeo e cinema. As fronteiras não existiam para o artista: arte, design, publicidade e uma autopromoção egocêntrica de sua imagem era tudo um grande conjunto. Assim como a pop Art faz desaparecer a distinção entre arte "erudita" e "comercial", "Warhol parte da publicidade – onde trabalhou inicialmente – para as artes. Ele carrega consigo toda essa questão técnica, que ele aprendeu a dominar nos estúdios de publicidade e design", explica Elaine Caramelo*.
Para Carlos Roberto Fernandes**, a publicidade também se apropria de Warhol. "A própria mídia banaliza o trabalho de Warhol. Por isso o trabalho dele é tão presente, até nos dias de hoje. Ele se utiliza do popular, do que está disponível e depois é 'disponibilizado' para a grande massa. Quando uma publicidade passa a repetir imagens coloridas, super contrastadas, imediatamente se reconhece Warhol".
IRREVERÊNCIA E PARADOXO Andy Warhol é um paradoxo. Por um lado, ele trazia para suas obras as estrelas de Hollywood, políticos e esportistas que eram representantes do glamour e do poder americano, ou mesmo os ícones do consumo, da industrialização, da superioridade tecnológica e triunfante dos EUA nas décadas de 1960 e 1970", aponta Elaine. "Mas, ao mesmo tempo, ele demonstra claramente que não acredita no sonho americano. É uma carnavalização da cultura de massa: consumo virando consumo. É o popular sendo elevado ao estado da arte, e rendendo milhões para ele", continua.
* professora e pesquisadora do curso de pós-graduação em arte, crítica e curadoria, da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
** pesquisador e professor ligado ao curso de artes visuais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Garotas são POP
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Toda garota é POP
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A palavra garota é POP
O som da palavra garota é POP
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Toda mulher já foi POP
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Minha mãe já foi POP
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A mãe de Madonna foi POP
Todas as mães já foram POP um dia
A garota de Ipanema é POP
Norma Jean Baker era POP
Mais pop que Marilyn que virou POP
Garotas são Barbie
A Barbie é POP
Tweeg também era POP
Tweeg e Barbie serão sempre POP
Lolita era POP
A mais pop das garotas POP
(Lenora de Barros)
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Fontes:
- http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252010000200025&script=sci_arttext&tlng=pt
- http://www.concinnitas.uerj.br/resumos9/azevedo.pdf
-http://www.colheradacultural.com.br/content/20091217184929.000.2-N.php
- Janson, Antony F. e H W. Iniciação à história da Arte.
- http://www2.tvcultura.com.br/musikaos/02/poesia-lenoradebarros.htm
Próximo post - Pop Art no Brasil =D
O melhor vídeo do Andy, é ótimo!!
ResponderExcluir=)
http://www.youtube.com/watch?v=Vn6sE0kcPaI&feature=player_embedded